Ogun que tendo agua em casa lava-se com sangue
Em um mundo onde os horizontes se expandem com a força do
pensamento, há uma figura que personifica a coragem e a vontade de se impor:
Ogun. Assim como Nietzsche exaltava a determinação humana, Ogun é retratado
como um guerreiro intrépido, cuja força e determinação são lendárias.
Nos caminhos da existência, onde a busca pela autonomia e
autenticidade é constante, Ogun se destaca como um símbolo de independência,
desafiando as normas sociais estabelecidas e trilhando seu próprio destino.
Como Nietzsche, ele encoraja a seguir os próprios instintos, a desbravar novos
horizontes e a buscar a verdade interior.
A jornada de Ogun é uma busca incessante pela superação,
uma batalha contra os obstáculos que se interpõem no caminho. Assim como
Nietzsche enxergava a transformação como essência da vida, Ogun representa a
capacidade de se reinventar, de se elevar acima das adversidades, moldando o
próprio destino com a forja da vontade.
Na essência de Ogun, ecoa a ideia nietzschiana da
"vontade de poder", o ímpeto de dominar e criar, de forjar novos
caminhos e alcançar o ápice do potencial humano. Em cada golpe de sua espada,
em cada faísca que emana de sua forja, está a manifestação dessa busca pelo
poder, pela afirmação da própria existência em um mundo em constante
transformação.
Assim, na confluência entre os ensinamentos de Nietzsche
e a figura do Orixá Ogun, emerge uma narrativa de coragem, determinação e
autoafirmação, lembrando-nos da importância de seguir nossos instintos,
enfrentar desafios e forjar nosso próprio destino na busca por uma vida plena
de significado e autenticidade.
Qual é a agua e o sangue de Ogun?
Essa frase, "Ogun que tendo água em casa lava-se com
sangue", pode ser interpretada à luz dos ensinamentos de Nietzsche e da
essência do Orixá Ogun.
Em primeiro lugar, Nietzsche aborda a ideia da vontade de
poder como um impulso fundamental da natureza humana, a busca pelo domínio
sobre si mesmo e sobre o mundo ao seu redor. Essa busca incessante pelo poder
pode se manifestar de várias formas, incluindo a disposição para enfrentar
desafios extremos e a busca pela autoafirmação a qualquer custo.
Quando aplicamos essa ideia à figura de Ogun, vemos um
paralelo claro. Ogun é um Orixá guerreiro, associado à guerra, à metalurgia e à
forja. Ele representa a coragem, a determinação e a busca pelo poder e pela
autossuperação. A frase "Ogun que tendo água em casa lava-se com
sangue" pode ser entendida como uma expressão dessa disposição de Ogun
para alcançar seus objetivos, mesmo que isso envolva sacrifícios pessoais ou
enfrentar situações adversas.
Essa frase também ressalta a intensidade do
comprometimento de Ogun com suas metas e sua disposição para ir além dos
limites convencionais para alcançá-las. Assim como Nietzsche defendia a
transvaloração de todos os valores e a superação dos padrões morais
estabelecidos, Ogun personifica essa ideia ao estar disposto a "lavar-se
com sangue" em vez de simplesmente usar água, simbolizando a sua
determinação em alcançar seus objetivos mesmo diante das adversidades.
Portanto, ao associar Nietzsche, Ogun e essa frase,
encontramos um significado profundo que ressalta a busca pela autoafirmação, a
coragem diante dos desafios e a disposição para ultrapassar os limites
convencionais em busca do poder e da realização pessoal.
EXEMPLOS NA VIDA COTIDIANA
Essa idéia pode ser associada a movimentos sociais e
líderes que desafiaram e redefiniram os padrões morais estabelecidos. Por
exemplo, figuras como Mahatma Gandhi, que liderou o movimento pela
independência da Índia através da resistência não violenta, desafiando a noção
de que a violência era o único meio de alcançar a mudança política. Da mesma
forma, líderes dos direitos civis, como Martin Luther King Jr., buscaram a
justiça e a igualdade desafiando as normas sociais discriminatórias da época.
No campo da igualdade de gênero, Malala Yousafzai se destacou ao desafiar as
expectativas culturais e sociais sobre a educação das mulheres no Paquistão,
defendendo o direito das meninas à educação mesmo sob ameaças de violência. Nelson Mandela: Mandela desafiou o sistema de
apartheid na África do Sul, buscando a igualdade racial e a reconciliação
nacional. Sua luta contra a opressão racial e sua disposição em perdoar seus
opressores representam uma transvaloração dos valores de ódio e vingança em
prol da justiça e da reconciliação. Rosa Parks: Ao se recusar a ceder seu
assento a um homem branco em um ônibus segregado nos Estados Unidos, Rosa Parks
desencadeou o movimento dos direitos civis. Sua ação desafiou diretamente as
leis de segregação racial da época e inspirou outros a se levantarem contra a
injustiça, demonstrando coragem e resistência. Rigoberta Menchú: Menchú é uma
ativista indígena guatemalteca que lutou pelos direitos dos povos indígenas e
pela justiça social em seu país. Sua luta contra a discriminação e a violência
contra os povos indígenas levou-a a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1992,
destacando sua busca por uma mudança significativa nas estruturas sociais e
políticas.
Esses exemplos demonstram como a transvaloração de
valores tradicionais e a superação de padrões morais estabelecidos podem
impulsionar movimentos de mudança social e promover uma sociedade mais justa e
equitativa.
NOSSA AUTO TRANSFORMAÇÃO
A frase clássica de Ogun, "Ogun que tendo água em
casa lava-se com sangue", pode ser interpretada como um convite à
autotransformação e ao autoconhecimento interior. Ela sugere que, mesmo quando
temos recursos ou meios disponíveis para resolver nossos problemas ou conflitos
de maneira mais suave ou fácil, às vezes é necessário enfrentar desafios mais
difíceis e confrontar nossos medos mais profundos para alcançar verdadeira
mudança e crescimento pessoal.
Essa frase pode nos inspirar a olhar para dentro de nós mesmos e identificar áreas de nossa vida onde estamos evitando enfrentar questões difíceis ou desconfortáveis. Ela nos lembra que, às vezes, é necessário mergulhar profundamente em nossas emoções, enfrentar nossos medos e confrontar nossos próprios demônios internos para alcançar uma verdadeira transformação e crescimento pessoal.
Além disso, a frase de Ogun nos encoraja a ser corajosos
e determinados em nossa jornada de autodescoberta e desenvolvimento pessoal.
Ela nos lembra que o verdadeiro autoconhecimento muitas vezes requer coragem
para explorar os cantos mais escuros de nossa mente e de nossa alma, e
determinação para enfrentar os desafios que encontramos ao longo do caminho.
Em resumo, a frase clássica de Ogun nos convida a abraçar
a jornada do autoconhecimento com coragem, determinação e disposição para
enfrentar os desafios que surgem no caminho. Ao fazer isso, podemos nos abrir
para uma verdadeira transformação interior e alcançar um maior sentido de
autenticidade, integridade e plenitude em nossas vidas.
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